quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Outro dia eu estava quietinha na minha casa, nerdando, as usual.

Chega mensagem no celular. Mensagem via web, de alguém dizendo que estava morrendo de saudades e que não sabia pq havíamos perdido o contato. Assinada. O nome era conhecido, mas não era o tipo de pessoa que mandava mensagens tão entusiasmadas como aquela.

O "quem é vc" foi imediato.

"Não lembra? Quero trepar com vc de novo"

Ooooooops. Houston, we have a problem. A não ser que eu esteja sofrendo de um processo de amnésia, eu nunca forneci para o rapaz que assinava a mensagem.

Depois recebi mais umas duas mensagens de conteúdo pornográfico, de telefones diferentes. Não respondi. Caguei.

Há dez dias, estou eu dirigindo na Lapa (odeio) procurando vaga pra estacionar (impossível). Começam as mensagens: "queremos te comer juntos hoje". Dessa vez, não era via web. Os números que mandavam as mensagens, porém, eram os mesmos de duas semanas antes.

Curiosa que sou, respondi perguntando quem era e etc. Continuaram com a insistência de me comerem juntos.

Finalmente estacionei o carro. O telefone toca. Era um deles.

Meu humor estava dos melhores. Não era o menino que eu conhecia, e então eu fiquei curiosíssima para saber quem havia dado eu telefone pra esse sujeito. Conversa vai, conversa vem (eu sempre insistindo pra saber quem era, ele falando mil pornografias - confesso que se eu de fato tivesse algo com esse menino, eu ia AMAR q ele falasse, mas aquilo ali era too much), ele diz o nome da pessoa que deu meu telefone.

- Foi o Flavinho (nome fictício).
- Que Flavinho?
- Ah, cara, sei lá. O Flavinho.
- Qual o sobrenome dele? (conheço dois Flavinhos, um eu já peguei e o outro eu já quis pegar)
- Ah, não sei. É o Flavinho do vôlei.

Hã? Caiu a ficha na hora. De fato, era o menino para quem eu não havia fornecido, e nunca pretendi fazê-lo (mas dei uns beijos na boca).

O menino insistia para eu sair com ele, pra fazer qq outra coisa, e depois me comer, claro. Se o approach tivesse sido diferente, a probabilidade de ele conseguir isso era enorme. Tolinho.

Desliguei.

Fui comer qq coisa na Pizzaria Guanabara. Celular toca.

"Oi"
"Quem tá falando?"
"É o Flavinho"
"Que Flavinho? " (só quis perguntar para que ele falasse algo diferente do outro rapaz, para saber se não estavam sacaneando o coitado)
"O Flavinho cozinheiro"

Era ele mesmo. Dei um piti e desliguei na fuça dele.

Essa história começa há uns dez anos, quando conheci um amigo dele. Doce, inteligente, responsável. Adoro. Ficamos amigos, nunca ficamos, mas a vida levou a gente pra caminhos diversos.

Anos depois, conheci um rapaz que fez meus joelhos enfraquecerem. Baixinho, all star, olho azul. Quase morro. Percebemos que esse rapaz por quem eu suspirava era amigo do menino doce ali de cima. Peguei. Não dei. Rolou um stress, ele não quer me ver nem pintada. Nem eu, na verdade. Quero só vê-lo once in a while na Rio Branco, de terno, e morrer um pouquinho.

Mais anos depois (dois anos atrás, pra ser exata), conheço outro rapaz. Já sabia que ele era amigo dos meninos acima, bem como era amigo de um cara que minha amiga "namorava". Dei uns beijos, né?

Não tive vontade de dar pra ele. O beijo não rolou, não teve química, sei lá. Ele, claro, ficou de pau duro. Nós, no carro, ele lá de pau duro. Devo ter feito alguma coisa com o seu instrumento de trabalho, mas é certo que eu nào paguei boquete (isso foi motivo de reclamação depois).

Fui deixar ele em casa. Acho que não dá 5 km de onde a gente estava pra casa dele, e o menino gozou. GOZOU. Eu não o estava estimulando, e pelo que vi nem ele estava se masturbando.

Todo mundo sabe disso. Fiquei passada, pensando que se ele tivesse me comido, a parada ia ser instantânea. Ainda bem que não dei.

Não sei se por vergonha, o rapaz me bloqueou no msn e no orkut. Depois de um tempão me desbloqueou no msn, e eu perguntei dele pq ele sempre entrava no meu orkut com algum amigo (a). Sempre.

Ele negou, claro. Whatever.

Dois anos depois, manda msgs pro meu celular falando pornografias, como se tivesse me comido.

Confesso que às vezes me dá vontade de ligar pra ele só pra entender o processo de demência que tá rolando na cabeça dele. Mas me dá preguiça.

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