quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Dai me paciência

A casa da minha mãe parece temática no Natal.... Cinquenta mil enfeites, árvore grande e cheia, pisca pisca everywhere. Fica lindo, confesso.

Mas eu não gosto de Natal. Acho chato, trabalhoso, caro. Detesto reuniões familiares. Acho sinceramente que família - exceto o núcleo familiar básico - simplesmente é uma reunião de pessoas que muitas vezes não têm nenhuma afinidade.

Eu não tenho contato nenhum com a família do meu pai. Já não tinha antes mesmo da separação. Com a da minha mãe sempre fui obrigada a conviver, ainda que com alguns primos eu apenas tivesse consideração.

As coisas só pioraram ao longo do tempo. Saí de casa, passei mais de uma década fora da minha cidade. Aqui as pessoas só pensam em nascer,crescer, reproduzir, morrer. Eu quero uma vida in between e quero pular a parte da reprodução.

Resultado: a falta de afinidade se transformou em tolerância zero. Não consigo conversar meia hora com a maioria das pessoas, e essas reuniões se transformaram em tortura.

E o pior vem dias depois. O dia escolhido foi hoje. O momento de guardar tudo. Saí num calor dos infernos para ir ao banco. Fui ao Carrefour, supermercado mais feio e mais mal cuidado do planeta terra. Enfim, só programa legal.

Cheguei em casa e já fui avisada que minha mãe estava com o "capiroto aceso". Cheguei há umas duas horas e meia e só ouvi reclamação e grito até agora.

Então, não sei o que eu quero para 2008. Não sei se eu quero morar em SP ou em Londres, não sei se quero arrumar um namorado ou não, não sei se viro loira ou continuo morena, se vou ser chef ou jornalista.

Mas sei de uma coisa: não quero mais passar as festas de fim de ano nessa cidade.

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