domingo, 18 de novembro de 2007

O "bolo" é democrático

Uma das situações em que eu mais me sinto uó, feia e desgrenhada é quando eu tomo bolo. "Como assim alguém dispensa, sem motivo real, algumas horas na minha companhia super agradável?"

Até falei disso há alguns dias, que meu remédio pra frustração era uma pizza da Domino's. A verdade é que comer me dava prazer, e daí era minha válvula de escape.

Ontem eu não tomei bolo. Mas um amigo veio reclamar que um carinha que dava mole pra ele há semanas deu um bolo nele na sexta feira. Acho que tem gente que só dá mole pra outras pessoas por esporte.... pra massagear o ego, sei lá. Sei que não faz sentido pra mim ficar semanas paquerando alguém, e justamente quando a oportunidade surge, sumir. E ainda dar a desculpa do celular sem bateria, no outro dia.

Pois bem. Ontem fiz a péssima escolhar de ir a um bar em Ipanema. A comida já foi melhor, a frequência idem. Tinha umas 10 mulheres pra cada homem. Mesmo que eu não vá paquerar (nunca o faço, e lembrem-se que meu coração tem dono hahahah), eu gosto de ambientes cheios de homens. Gosto muito do sexo masculino, I can't help it.

Chegando lá, minhas amigas não estavam ainda. Fiquei irritada, pq acho uó sentar no bar sozinha. Tenho 28, pelamordedeus, e sentei.

Logo em seguida entra no bar um homem alto, forte, queimado de sol, grisalho e de olhos azuis. Imediatamente pensei "conheço esse cara de algum lugar". Era nada mais, nada menos, que o advogado da minha família.

Ele não me viu, e depois de um tempo fui lá falar com ele. Conversamos sobre coisas genéricas, sobre como vai minha mãe, essas besteiras. Voltei pra minha mesa. E o tempo foi passando, e a companhia do advogado não chegava. Fui lá novamente e o convidei pra sentar conosco.

Ele disse que não, que não iria demorar, estava apenas esperando alguns amigos chegarem para irem pra outro lugar.

Os amigos nunca chegaram.

Nunca.

Então, eu tomei um bolo por SMS essa semana de um homem com a barriguinha toda dividida (ui); meu amigo gay tomou um bolo láaaaaaa em SP; meu advogado tomou um bolo - aparentemente de homem - num sábado no Rio de Janeiro, mesmo sendo bonito, bem sucedido e mega simpático.

Vou tentar lembrar disso da próxima vez (que deve estar próxima mesmo) que for eu a esquecida e abandonada em casa. Assim não fico tentada a ligar para 2521 2000.

Ouvindo: Razorlight - Who needs love; e Strokes - You only live once (AMO).

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